segunda-feira, 10 de maio de 2010

En Passant

Senti a última gota de vida fugindo das minhas veias
E vi, de um ângulo diferente
Pessoas transitando no vai-e-vem das ruas
Presas na solidão de suas vidas, tão suas
Pessoas que nunca olham para os lados
Sempre em seus passos apressados
Sem um "bom dia" audível
Atitudes previsíveis
E me vi, em cada pessoa que segue o rumo da vida
Sem nem sequer perguntar qual o sentido
E lamentei
"Depois que minha vida terminou foi que descobri o sabor"

Fábio Melo

4 comentários:

  1. Muito bom gostei muito deste texto... me levou a pensar em remorsos e arrependimentos fora do tempo.
    Realidade humana, presa em um egoísmo, egocentrismo, também insegurança. Com os fatos do dia-a-dia quem não se sente inseguro em desfrutar um minuto da cortesia, sem que sejam mal interpretado, de experimentar algo diferente sem ser taxado, ou mesmo viver aquilo que se acredita sem ser repudiado.
    Fecha-se para o mundo...vive-se como audistas, e perde-se bons momentos, já não mais respira. Já nem sente o sabor da vida e não o percebe, parece até um ser programado.
    Mas bem, agora fiquei confusa...é o nosso egocentrismo que nos leva a este caminho de falta de sentido, ou as cirscunstâncias sociais que nos tornam audistas fechados em nosso mundo, ou será ainda a mistura dos dois?!
    Hum melhor deixar isto para depois.
    Quero deixar aqui um comentário, não um outro texto...aff tenho q controlar meus impulsos...rsrsrs

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  2. Esse texto me fez pessar que nós seres humanos não prestamos atenção nas pequenas coisa que a vida nos proporcina,so enxergamos nosso proprio nariz,autistas essa é a palavra certa,e quando passa é que vemos que poderia ter sido diferente ou melhor!precisamos aprender a viver uns para os outros,isso é muito importante, e sempre lembrar que momentos passam e não voltam.

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