quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O Sujeito

Eu me sinto meio morto hoje em dia, já que a saúde pública é uma merda. Eu me acho meio otário por sair num dia de domingo para ter que votar na minha desgraça, em quem eu vote, nada muda, tudo igual, e é sempre bom lembrar que ninguém é igual a ninguém.
Eu me acho meio covarde as vezes quando não ajuda ao próximo, mas é que também eu preciso ser ajudado. É, eu também me sinto meio lerdo com a rapidez dessa violência que assusta qualquer super-herói.
Eu sempre saio de casa com medo, mesmo sem dever nada a ninguém, somente nas lojas de crediário, pois sou brasileiro. E por falar nisso, como é difícil sobreviver nesse país; se não fosse nossa fé, Ah!, Nossa fé!
Eu estou só, sem ninguém por perto, nesse deserto cheio de ilusões com toda essa gente confusa.
Eu presto atenção e não presto pra nada; eu sei de tudo e não entendo porra nenhuma; eu não uso drogas, mas convivo lado a lado. Eu tenho fé com a grande desconfiança de tudo, e eu vou morrer um dia, mas queria viver como gente, não mendigando as coisas, sem ter que pedir pela paz, nem ter que lutar por um grande amor.
Eu me acho, me sinto, me vejo meio perdido no mundo.
Eu vou...eu estou...eu...eu...eu me amo e isso ninguém paga.

Ciro Tavares

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